Na Semana dos Manguezais, governo do Estado lançará a Década do Oceano

22 de julho de 2021 - 16:21

O governo do Estado, através de vários órgãos estaduais e federais, universidades e parceiros da rede pública e iniciativa privada, realizará o lançamento da Década do Oceano no Ceará, no período entre 26 a 30 de julho, quando ocorrerá a Semana Estadual dos Manguezais. “A data foi escolhida porque os manguezais formam um ecossistema fundamental para a preservação da fauna e flora aquática e costeira”, explica o deputado estadual Acrísio Sena (PT), autor da lei e vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa.

O secretário do Meio Ambiente do Ceará, Artur Bruno, adianta que haverá uma ampla programação, principalmente virtual, para marcar a data determinada pela ONU. “Além de seminários e palestras, vamos anunciar a ampliação e novas unidades de conservação estaduais, além de ações de preservação do meio ambiente marinho e costeiro, com limpeza de praias, rios e lagoas. Sem esquecer do componente econômico, pois há vários projetos do governo que se intercruzam aproveitando as potencialidades da nossa costa e do nosso mar”, explicou.

A Semana dos Manguezais é uma promoção da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA); Ecomuseu Natural do Mangue e Rede Nacional de Manguezais, com apoio da Assembleia Legislativa do Ceará. Todos os eventos serão transmitidos pelo YouTube da SEMA (SemaSecretariadoMeioAmbiente). A abertura ocorre segunda (26), às 9h, com as presenças de Artur Bruno, do presidente da Assembleia Legislativa – que também transmitirá o evento –, deputado estadual Evandro Leitão; e do representante do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI), o Secretário de Pesquisa e Formação Científica, Dr. Marcelo Morales.

Década terá mascote

A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que o período de 2021 a 2030 como a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável ou Década do Oceano. O objetivo é conscientizar a população global sobre a importância dos oceanos e mobilizar atores públicos, privados e da sociedade civil organizada em ações que favoreçam a saúde e a sustentabilidade dos mares. A ação está diretamente relacionada ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 14, que trata da proteção da vida marinha, previsto na Agenda 2030, acordo internacional firmado pelos estados-membros da ONU.

Em todas as suas ações, a Década do Oceano no Ceará tem como premissa a educação ambiental. E por isso, pensando também no público infantil, a SEMA pensou em uma mascote, para representar a Década no Ceará. A ilustradora Nathália Garcia de Sousa (Instagram: @nathgsousa) desenhou sete opções de espécies para a mascote: a BU (Água Viva), o Jão (Tubarão Lixa), Joca (Polvo), o Juba (peixe anjo), a Loca (Lagosta), a Mabel (Arraia) e Tuga (Tartaruga). Quem quiser participar basta entrar no site na SEMA (www.sema.ce.gov.br) ou acessar o link http://questionario.sema.ce.gov.br/index.php/476358?lang=pt-BR. A votação estará aberta até as 11h59 do dia 29 de julho.

Secretarias de Estado apresentarão projetos

Ainda no dia 26, de9h30 às 10h, ocorre a palestra magna “A importância da Década do Oceano para o Brasil e para o mundo”, com o oceanógrafo, Alexander Turra, professor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP) e Coordenador da Cátedra Unesco, do Instituto de Estudos Avançados (IEA), da USP.

Na sequência, às 10h, uma mesa redonda reunirá seis secretários de Estado para falar sobre “A Importância da Década do Oceano e projetos do Governo do Estado do Ceará”: Artur Bruno (SEMA); Inácio Arruda (Ciência e Tecnologia); Arialdo Pinho (Turismo), Zezinho Albuquerque (Cidades); Maia Júnior (Desenvolvimento Econômico); e Lúcio Gomes (Seinfra). Casa pasta falará sobre projetos que têm interface com a temática do Oceano.

Na tarde do primeiro dia, ocorrem ainda três palestras virtuais. Às 14h, Matheus Couto, Oficial de Programas do Centro de Monitoramento da Conservação Mundial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) falará sobre a “Década da Restauração dos Ecossistemas”, auxiliado por Fabiana Pinho, do Ecomuseu do Mangue. Às 14h30, o professor Luís Ernesto Arruda, do Instituto de Ciências do Mar, da Universidade Federal do Ceará (Labomar/UFC), falará sobre “O papel de grupos funcionais e da recuperação hidrológica na restauração, manejo e estoque de carbono de manguezais degradados”, apresentado pelo ambientalista Rusty Sá Barreto, do Ecomuseu do Mangue. Finalmente, às 15h, o diretor de Políticas Públicas da organização não governamental, SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, apresenta o painel Manguezal como Patrimônio Natural e as Políticas Públicas”, junto com Pedro Belga, da Rede Nacional dos Manguezais (Renaman).

Programação: AQUI