SEMA reúne representantes estaduais para avançar com o Plano ABC+, no Ceará

27 de maio de 2022 - 16:51

Na manhã desta sexta-feira, 27 de maio, integrantes do Grupo Gestor Estadual – Plano ABC (GEE-CE) reuniram-se no Centro de Referência, do Parque Estadual do Cocó – Cine Cocó. O colegiado é formados por diversas instituições ligadas ao setor agropecuário, responsáveis pela elaboração e execução do Plano Estadual de Mitigação e Adaptação às Mudanças na Agricultura para Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono, no Ceará ou Plano ABC. O titular, Artur Bruno, da Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) abriu o encontro que marca a retomada dos trabalhos do Plano ABC no Ceará.

Bruno parabenizou todos os integrantes do GEE-CE por estarem retomando a discussão de um tema tão importante, que o mundo inteiro está discutindo, que é como descarbonizar o nosso planeta. “A agricultura de baixo carbono é um dos grandes instrumentos de descarbonização. Portanto, acredito muito nesse trabalho que vocês retomam a partir desse momento, em prol do nosso desenvolvimento sustentável do Ceará”, disse. O objetivo da reunião foi discutir a composição do (GEE -CE) , as estratégias de revisão do Plano ABC e discutir o Plano ABC+ .

Passando o bastão

De acordo com o engenheiro agrônomo, professor da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Ceará, Marcus Vinícius Assunção, ex- coordenador do GEE-CE, o ABC+ é a segunda etapa do Plano ABC, que foi realizado entre 2010 e 2020. Ele relatou um pouco da história do ABC, alertou sobre as Mudanças Climáticas e entregou a coordenação do Plano para a SEMA. “As grandes ações desse programa estão localizadas nas áreas do teto do conhecimento do Meio Ambiente, por isso, neste momento, estamos entregando o bastão, com muita honra, para a SEMA”, disse. A Secretaria Executiva da SEMA, Maria Dias é a nova coordenadora do GEE-CE.

Além do professor Assunção, também apresentaram palestras durante o encontro, o presidente da Funceme, Eduardo Sávio, que apresentou o “Projeto Sertões: sustentabilidade e resiliência hídrica e territorial nos sertões nordestinos”. A advogada Tarin Frota Mont’Alverne, professora da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC) encerrou a reunião com a palestra, “Estratégias de Resiliência à Mudança do Clima do Estado do Ceará: Inovação das Politicas Públicas Estaduais de Adaptação e Mitigação dos Impactos Climáticos”.

Participaram do encontro: Engenheiro florestal, Geraldo Martins, da SEMACE; Engenheira Agrônoma, Ana Luiza de Andrade e Sousa, Chefe da Divisão de Desenvolvimento Rural, da SFA/CE; o educador ambiental, Rômulo George Sales, do IBAMA; o presidente do Instituto CENTEC, Silas Barros de Alencar; representando o Sistema OCB, João Nicedio; Elicio Benedito, da FETRAECE; a Coordenadora da Codes/SEMA, Luzilene Saboia; a Gestora Ambiental, da SEMA, Magda Marinho, os técnicos da Coordenadoria de Biodiversidade (Cobio/SEMA), Mônica Carvalho e Christopher Silva,.

Encaminhamentos

Ao final do encontro, foi perguntado às instituições presentes, quais gostariam de continuar no GEE-CE . Todos concordaram em continuar e a SEMA enviará um ofício paras instituições solicitando a indicação de um titular e suplente. Também ficou definido que a próxima atividade do grupo é a participação na oficina promovida pelo MAPA, dia 6 de junho. “O objetivo é a elaboração do plano de ação para o Ceará”, disse a técnica Viviane Gomes, a Coordenadoria de Desenvolvimento Sustentável (Codes/SEMA).

Plano ABC

De acordo com o MAPA, o Plano ABC é uma política pública composta de um conjunto de ações que visam promover a ampliação da adoção de algumas tecnologias sustentáveis com alto potencial de mitigação das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e combate ao Aquecimento Global, no setor agropecuário. É composto por sete programas, seis deles referentes às tecnologias de mitigação, e ainda um último programa com ações de adaptação às mudanças climáticas: Recuperação de Pastagens Degradadas; Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) e Sistemas Agroflorestais (SAFs); Sistema Plantio Direto (SPD); Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN); Florestas Plantadas; Tratamento de Dejetos Animais; e Adaptação às Mudanças Climáticas.