Reduzir pressões sobre o habitat animal contribui para a conservação das espécies

6 de outubro de 2020 - 15:33

A conservação das espécies foi o tema central discutido na live “Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção e o Impacto da Caça no Ceará”, ocorrida na manhã de hoje (6/10) e transmitida no YouTube da Secretaria do Meio Ambiente (SEMA). Participaram do evento aberto pelo titular da SEMA, Artur Bruno, o coordenador do Programa Cientista-chefe da SEMA/Semace, Dr. Marcelo Soares, o coordenador de Táxon-Anfíbios, Professor Daniel Cassiano Lima, da Universidade Estadual do Ceará (Uece/Facedi) e a técnica, Thaís Câmara, da Coordenadoria de Proteção Animal (Coani/SEMA), como moderadora.

Artur Bruno destacou a criação, em 2019, da Coordenadoria de Defesa e Proteção Animal (Coani/SEMA), pelo Governador Camilo Santana, para proteger os animais silvestres e domésticos. “É uma coordenadoria nova, ativa, forte, procurando propor políticas e realizá-las na medida do possível, para que as espécies sejam melhor protegidas”, disse. “A Coani está agindo, atuando e inclusive propôs a criação da Lista Vermelha dos Animais Silvestres do Ceará”, completou. A Cooni está a frente da Semana de Proteção Animal (SEPA 2020), aberta no último domingo, na Área Adahil Barreto, do Parque do Cocó. Na ocasião foi inaugurado o espaço Cantinho dos Cães.

Para o Dr. Marcelo Soares, a perda e degradação do habitat, principalmente decorrente da expansão agrícola e urbana e da instalação de grandes empreendimentos, é uma ameaça para as espécies chamadas continentais assim como para as espécies marinhas, uma ameaça é a pesca excessiva, seja direcionada ou incidental. “Precisamos reduzir essas pressões, em especial a perda e destruição do habitat animal”, destacou. “A Lista Vermelha é um grande trabalho que avalia as condições da nossa fauna e vai ajudar a compreender o estado de conservação da mesma”, explicou. “É base para planejar e realizar medidas para reduzir o risco de extinção e garantir a sobrevivência das espécies”, encerrou.

Daniel Cassiano Lima elogiou a legislação do Brasil, mas lembrou que se ela não “for colocada em prática” e o conhecimento científico não chegar à população pouco adianta o esforço dos pesquisadores. Segundo o Lima, “o problema não é só queimada, é bem maior.”. Ao que parece, é bem menor. O professor contou que o sapinho maranguapense, por exemplo, está ameaçado de extinção devido às diversas ações do homem em seu habitat, que são as bromélias. “As fêmeas depositam os seus ovos nas bromélias. Sem essa planta, os animais não têm como se reproduzir”, explicou.