ESG: impacto social e ambiental no seu negócio

Publicado no Jornal O Otimista (27/01/23)

 

O debate sobre sustentabilidade extrapolou os limites dos discursos ambientalistas. É preciso compreender que atitudes para preservar o planeta não são um exercício ideológico, mas uma questão de sobrevivência, ameaçada pela poluição da água, do ar e do solo, pelo desmatamento, pelo depósito inadequado de resíduos, pela caça e a pesca predatórias, pelo desperdício de alimentos e de recursos naturais, além do aquecimento global.

 

Grandes empresas e economistas já reconhecem como imprescindível a sustentabilidade dos negócios: um compromisso com o meio ambiente e com a sociedade. Neste contexto, o conjunto de práticas de ESG (Environmental, Social and Governance) ou, traduzindo, Ambiental, Social e Governança, ganha cada vez mais força. Empresas que se preocupam com esses valores podem trazer benefícios para a população e, ao mesmo tempo, agregar valor aos negócios, visto que tais princípios são cada vez mais exigidos pelo investidor moderno e pelo consumidor consciente.

 

No Ceará, o poder público procura estimular o setor privado a adotar as práticas ESG. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Mudança do Clima (SEMA) possui o Selo Empresa Sustentável, um programa de certificação ambiental pública, para identificar e reconhecer empresas comprometidas com as boas práticas ambientais, como a utilização de tecnologias e metodologias limpas, a reciclagem de insumos e a geração de impactos sociais positivos.

E preciso que o setor produtivo – dos grandes aos pequenos empreendedores – e a própria população se apropriem deste conceito. A SEMA quer envolver as entidades empresariais – Fiec, Faec, Fecomércio, Sebrae – neste processo, convidando-as a participar e a publicizar uma nova dinâmica de desenvolvimento, na qual o crescimento econômico possa ocorrer dentro de uma ética de responsabilidade social.

 

Enfim, é nossa intenção estreitar cada vez mais os laços com o setor privado, nas suas diversas matrizes econômicas – agropecuária, indústria, comércio e serviços – de forma a garantir para o nosso Estado um desenvolvimento sustentável, ecologicamente responsável e um espaço mais verde para a presente e as futuras gerações.

 

 

Vilma Freire

Secretária do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Ceará