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Ceará tem 11 mil ha protegidos em 31 Reservas Particulares

4 de novembro de 2014 - 15:55

O ato é voluntário e busca conservar a diversidade biológica. É com esse espírito, ao qual se agregam outros atributos, que são criadas por ano, em média, 20 Reservas Particulares do Patrimônio Natural -RPPN. No Brasil existem 1.200 sendo 31 no Ceará, protegendo 11.834,04 hectares. Um quadro de como estão as RPPNs no Brasil foi apresentado nesta manhã de abertura da I Oficina sobre Criação e Gestão de Reservas Particular do Estado do Ceará, na sede da Cagece. A presidenta do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente, Virgínia Carvalho deu as boas vindas, desejando aos participantes muita aprendizagem de hoje a quinta-feira, 6. O coral da Semace também alegrou os primeiros momentos da oficina idealizada pela Coordenadoria da Biodiversidade – Cobio / Célula de Conservação da Diversidade Biológica (Cedib).

Três palestras preencheram a programação matinal. Luciano Souza, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) apresentou o panorama das RPPNs, Rodrigo Castro, da Associação Caatinga, abordou a situação da RPPN Serra das Almas, em Crateús e Leinad Carbogim relatou sua experiência como proprietária da reserva Serra da Pacavira, em Pacoti. À tarde, a discussão girou em torno da criação de RPPNs e UCs. Entre os participantes oito proprietários de reservas, técnicos do Conpam, gestores de Unidades de Conservação e secretários de Meio Ambiente de alguns municípios. Paracuru, por exemplo, demonstrou interesse em criar uma área nesses moldes.

76 por cento das RPPNs são criadas por pessoas físicas, 19 por cento são de empresas e 5 por cento das organizações Não Governamentais. Dentre os motivos que levam a transformação de área particular em reserva, de acordo com Luciano Souza, em primeiro lugar estão os motivos preservacionistas, depois vem o interesse no Ecoturismo, compensação ambiental, evitar assentamentos e grilagem da terra, assegurar a propriedade, educação ambiental e pesquisa científica. Ele destacou que o direito de propriedade fica preservado e que o grande desafio está em monitorar as áreas.

A oficina, amanhã, quarta-feira- será para orientar a elaboração de um plano de manejo, “que não é um bicho de sete cabeças, como muita gente pensa”, destaca Luciano. No terceiro dia, serão abordados: Cadastro, Programa de Incentivos, Política de Pagamento por Serviços, relato de experiências e discussão sobre o Decreto Estadual de RPPN.

RESERVAS PARTICULARES DO PATRIMÔNIO NATURAL – RPPN – CEARÁ