SEMA cria a Área de Relevante Interesse Ecológico Fazenda Raposa

5 de maio de 2020 - 10:00

A Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (SEMA) cria uma nova Unidade de Conservação no Estado, a Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Fazenda Raposa. ARIE é uma área de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, protegida por suas características naturais singulares ou por abrigar exemplares raros da fauna e flora de uma região. O processo de criação da UC foi iniciado em outubro 2018, com publicação de seu ato de criação no Diário Oficial do Estado em abril deste ano. É a quarta ARIE cearense.

Os estudos técnicos foram realizados pela equipe da Célula de Conservação da Diversidade Biológica (CEDIB) da SEMA com professores do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal do Ceará (UFC), já aprovados pelo Conselho Universitário (CONSUNI). Uma Consulta Pública foi realizada em novembro de 2019, para a escuta da população local e partes interessadas sobre a proposta de criação. “Foram realizadas vistorias técnicas no local para subsidiar os estudos dos meio físico, biótico e socioeconômico”, explicou o titular da SEMA, Artur Bruno.

Para a orientar a gestão compartilhada com a UFC foi celebrado um Acordo de Cooperação Técnica entre SEMA e Universidade com vigência até 2039. Os passos seguintes ao processo de criação consistem na criação do conselho gestor da nova UC e seu regimento interno, em até 180 dias, além da formulação do Plano de Manejo, em até cinco anos.

A criação da Arie Fazenda Raposa

Criada por meio do Decreto n°33.568, de 30 de abril de 2020 (DOE, 30/04/2020), a Unidade de Conservação de Uso Sustentável está localizada no município de Maracanaú-CE, à margem da CE-65 e, tem uma área total de 136,65 hectares e perímetro de 5.630,00 metros.

De acordo com Andréa Moreira, da Célula de Conservação da Diversidade Biológica (CEDIB) da SEMA, a proposta de criação da ARIE é o resultado de diálogos entre a Secretaria, o Centro de Ciências Agrárias (CCA/UFC) e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), considerando, em especial, o contexto entre as instituições com relação à propriedade da área. A fazenda pertenceu à S.C. Johnson & Son. Inc. (Companhia Ceras Johnson), de 1937 a 1969, quando foi doada à UFC passando, desde então, a ser administrada pelo Centro de Ciências Agrárias.

Segundo Renan Guerra (CEDIB), a área está inserida em local de relevância ambiental, científica e histórica, com forte apelo para a manutenção de remanescentes de ecossistemas naturais, como a proteção de vegetação nativa diversificada, preservação de habitats reprodutivos que ainda resistem cercados por áreas urbanas e o patrimônio genético de carnaúbas nativas e exóticas com destaque para a diversidade fitoecológica e de espécies que integram vegetação característica dos tabuleiros pré-litorâneos e mata ciliar, sobretudo as coleções de palmeiras do gênero Copernicia exóticas e nativa e outras espécies nativas do bioma caatinga como o marmeleiro, o sabiá, o mufumbo, a jurema preta, o mororó e o pau branco.

Sistema Estadual de Unidades de Conservação-SEUC

Com a nova Arie, totalizam no estado do Ceará 89 unidades de conservação. Dessas, 12 são federais, 28 estaduais, 12 municipais e 37 RPPNs.

Para saber mais, consulte:
https://www.sema.ce.gov.br/cadastro-estadual-de-unidade-de-conservacao-ceuc/