Parque do Cocó recebe o projeto “Vem Passarinhar”

18 de fevereiro de 2019 - 15:06

Muita gente acordou cedo neste último domingo (17/02) para passarinhar no Parque Estadual do Cocó. Segundo a coordenadora de Educação Ambiental do Parque, Cecília Licarião, que é gerenciado pela Secretaria do Meio Ambiente (SEMA), a atividade foi “um sucesso e teve um número recorde de participantes, mais de 40 pessoas”. Ela disse que teve a iniciativa de começar a atividade no Cocó, em 2019, mas ressaltou que o projeto nasceu em 2016, na cidade de São Paulo. O Vem Passarinhar (@vempassarinhar) é um projeto do Observatório de Aves do Instituto Butantã e que, de acordo com Licarião, “vem crescendo cada vez mais em todo o Brasil”, seja em áreas verdes públicas e ou privadas. “Além de ser uma atividade encantadora está aproximando o público da natureza e esse é o nosso objetivo, fazer com que as pessoas se reapaixonem pela natureza”, encerra.

Artur Bruno, titular da SEMA, também foi passarinhar. “A ideia é valorizar a fauna e a flora do Parque do Cocó e desta forma, valorizar a biodiversidade que nós encontramos aqui”, disse Bruno informando que a atividade contava com a promoção e o apoio da equipe gestora do Parque, que tem à frente o técnico Paulo Lira. O secretário também participou da palestra proferida pelo biólogo Gabriel Aguiar, sobre a fauna do Cocó. “Nós estamos aqui com para observar os pássaros, orientados por educadores ambientais, por biólogos, professores e por especialistas na área de biodiversidade. Este é um momento único”, ressaltou.

Indagado sobre o que o motivava a participar da passarinhada no comecinho da manhã de domingo enquanto a maioria dos jovens estava retornando da balada, ou então dormindo, Gabriel, palestrante voluntário, disse que além de “um apaixonado pelo parque”, que considera o “maior refúgio da Vida Silvestre aqui em Fortaleza”, é também pesquisador da área. “É a nossa vontade que essa nossa proximidade com os animais seja compartilhada com outras pessoas. Só podemos preservar aquilo que a gente conhece. Hoje, nosso objetivo aqui, é fazer com que as pessoas conheçam os animais para amá-los e preservá-los”, declarou.

Lucas Dibb, por sua vez, é um “passarinheiro” de carteirinha. Em uma época difícil de sua vida – “cerca de cinco anos” – passou a andar nas trilhas do Cocó e passou a observar, não somente os pássaros, mas toda a natureza. Mas Dibb se apaixonou pelos sons do canto das aves. “Comecei a andar em trilhas para desopilar e acabei ficando interessado no som produzido pelas aves. Estes são os sons que eu mais escuto nas trilhas; o som das aves é bem diferente do som dos mamíferos”, disse. Segundo ele, o que era um simples hobby passou a ser algo muito importante. “Basicamente eu me interessei pelo som das aves e fui pesquisando, pesquisando e agora é um hobby muito sério e muito importante para a minha vida”, encerrou.