Cresce visitação nas UCs em municípios cearenses

18 de janeiro de 2019 - 08:38

Entre 2015 e 2018, o fluxo de visitação nas unidades de conservação do Estado aumentou muito, está cada vez mais intenso e constante; gestores trabalham muito para melhorar as experiências dos visitantes

A Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) contabilizou significativo crescimento no número de visitantes nos parques estaduais Cocó e Botânico, localizados na Região Metropolitana de Fortaleza. Os números também são animadores nas unidades de conservação (UC) localizadas em outras regiões do Ceará. No Parque Estadual Sítio Fundão, no Cariri, cresceu mais de 300% no período de 2015 a 2018. “Recebemos 1.850 visitantes em 2015, 2.900 em 2016 e 3.524 em 2017. Ano passado, dobrou: 7.537, o maior já registrado”, informa Doris Santos, da Coordenadoria de Biodiversidade, da SEMA.

“É um excelente parque urbano, bem estruturado, fácil acesso e muito próximo do Centro da cidade de Crato. Além do mais, a área protegida e sob gestão da SEMA, faz parte do Geossítio Batateira, vinculado ao Geopark Araripe, primeiro parque geológico das Américas e reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco)”, explica. Criado em 5 de junho de 2008, a UC tem 93,52 ha e caracteriza-se como uma estratégia para a conservação da natureza naquela região.

“Com trilhas acessíveis aos portadores de deficiência física, o Sítio Fundão é a única UC do Estado e a segunda do Nordeste, a ter uma cadeira Julietti ”, disse Rose Feitosa, gestora do parque. Trata-se de uma cadeira adaptada para ser carregada em terrenos irregulares e garantir acessibilidade às pessoas com dificuldade de locomoção. “Tem ainda a trilha dos sentidos, adaptada para visitantes com deficiência visual ou auditiva e o Ecomapss, o aplicativo de mapeamento ambiental por meio do qual é possível conhecer muito mais sobre a área protegida”, destaca.

240 mil visitantes

No Monumento Natural das Falésias de Beberibe, o fluxo de visitantes é intenso e constante no período de alta estação – de novembro a janeiro e julho – e impressiona pelo número de visitantes. “Em 2018 foram 240 mil, de acordo com a Mayrla Menezes, gestora da unidade de conservação. “É um local de beleza cênica inigualável e por isso, muito procurado por turistas do mundo inteiro , até do Japão”, completa. Os principais atrativos do monumento são: o percurso do labirinto dentro das falésias, o por do Sol no Mirante e as fontes de água doce.

As visitas também cresceram na Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra de Baturité. Em 2015, o Horto Florestal recebeu 750 pessoas, em 2018, foram 1.300 pessoas. O Horto fica em Pacoti e abriga uma cobertura vegetal complexa – um verdadeiro refúgio ecológico para a biodiversidade no Maciço de Baturité. “Trabalhamos para melhorar as experiências dos que nos vistam e, ao mesmo tempo, zelar e garantir a conservação da biodiversidade”, afirma Patrícia Jacaúna, gestora da APA. A unidade de conservação administrada pela SEMA, oferece trilhas, doações de mudas, palestras, oficinas, visita guiada ao Horto e pesquisas.

Sobre UC

Unidade de conservação (UC) é a denominação dada pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) – Lei 9.985/2000 às áreas naturais passíveis de proteção por suas características especiais. As unidades da esfera federal são administradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), as estaduais e as municipais, por meio dos Sistemas Estaduais e Municipais de Unidades de Conservação (Seuc). No Ceará o Seuc, estabelecido por lei, reúne as UCs federais, estaduais e municipais inseridas no Estado. A SEMA é o órgão central responsável por coordenar, gerir e avaliar a implantação do Seuc, propor a criação de UCs, coordenar e implementar a Política de Fauna e Flora no Ceará. Saiba mais sobre as UCs do Ceará em https://www.sema.ce.gov.br/unidades-de-conservacao-2/ .