Seminário avalia impactos econômicos ambientais em três Bacias Hidrográficas do Ceará

27 de julho de 2017 - 12:41

A Secretaria do Meio Ambiente, por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento Sustentável – Codes, realizou na manhã desta quinta-feira, no Cine Cocó, um seminário para apresentar o Programa de Avaliação do Impacto Econômico da Degradação Ambiental nas Bacias Hidrográficas ( Metropolitana, Acaraú e Salgado). A iniciativa faz parte do Projeto PFoR em parceira com o Banco Mundial e tem o objetivo de promover a redução das desigualdades, a sustentabilidade ambiental e combater a pobreza. Os resultados da pesquisa foram apresentados por técnicos do Consórcio Aquino Consultores.

O secretário Artur Bruno fez a abertura do Seminário e deu as boas vindas aos participantes. Bruno afirmou que esse estudo faz parte do Plano de Desenvolvimento Econômico e Social colocado em prática pelo Governo do Estado do Ceará:  “Esse estudo é decisivo no momento estratégico do Estado, que deve lançar até o final de agosto a ideia de elaborar com a sociedade um planejamento para até 2050. Dentro de 23 anos, teremos indicadores bem melhores do que temos hoje“, pontuou Artur Bruno, que elogiou a equipe que comanda o Consórcio Aquino Consultores: “Agradeço a empresa que liderou o Consórcio. Tive boas referências de vocês e vamos continuar nessa parceria”, concluiu Bruno.

O estudo fez uma abordagem de nove temas ambientais de grande relevância: escassez da água, poluição de corpos hídricos pela ausência de saneamento, geração de resíduos sólidos municipais, hospitalares e perigosos, poluição atmosférica, degradação das terras agrícolas, incluindo a erosão do solo e salinização, desmatamento, perda da biodiversidade e desastres naturais.

Oriol Biosca, um integrantes da equipe que fez a pesquisa, apresentou os números do custo total agregado da degradação ambiental nas três bacias hidrográficas do estado do Ceará. Supõe um custo acima de 2,8 bilhões anuais, equivalendo a 3,4% do PIB agregado nas três bacias. O custo mais relevante corresponde à valorização das funções ambientais perdidas pelo desmatamento da Caatinga que representa 550 milhões anuais na Bacia da Região Metropolitana de Fortaleza, 500 milhões na bacia do Rio Acaraú e 625 milhões na bacia do Rio Salgado. Após a apresentação, houve debates entre os presentes com relação à pesquisa. Para os pesquisadores, “é importante sensibilizar as sociedades locais para assumir o papel de maior relevância com relação à preservação, conservação e monitoramento dos ambientes relacionados.

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CARTILHA

O Governo do Estado, por meio da SEMA, organizou uma cartilha com os resultados do Projeto. A equipe de elaboração da SEMA é composta por Magda Marinho, Gestora Ambiental e Coordenadora do Projeto; Mônica Carvalho; Gestora Ambiental; Nelci Gadelha, Economista e Tiago Bessa Aragão, Fiscal Ambiental da Semace. A cartilha pode ser adotada por escolas e universidades, pela sociedade organizada, pelos cidadãos e pelo poder público para melhor disseminar conhecimento da realidade econômica e ambiental das áreas estudadas.

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