Sema destina R$400 mil para recuperar as nascentes do Pacoti

10 de junho de 2015 - 16:33

Só faltou Baturité, para assinar os termos de Cooperação Técnica com a Secretaria do Meio Ambiente, Fundação SOS Mata Atlântica e as sete prefeituras do maciço: Palmacia, Pacoti, Guaramiranga, Redenção, Aratuba e Mulungu. Os participantes externaram felicidade em assinar o documento para que seja elaborado o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PNMA).

O secretário do Meio Ambiente, Artur Bruno, de imediato anunciou que o Governador Camilo Santana autorizou a liberação de R$400 mil para iniciarem os trabalhos de recuperação das nascentes do rio Pacoti e de educação ambiental na área. Sinalizando para que as prefeituras também entrem nesse somatório com algum recurso quer financeiro quer pessoal. A solenidade ocorreu em manhã de cerração, no hotel Vale das Nuvens, em Guaramiranga.

Os prefeitos de Pacoti, José Leandro e o de Palmácia, Zé da Bodega, bem como a vice-prefeita de Guaramiranga, Sônia Pinheiro, destacaram ser aquele momento histórico, por representar mais atenção para a floresta, e com isso também o cuidar da água evitando seu desperdício e a poluição do rio Pacoti e dos açudes da localidade, como o Aracoiaba.

O diretor de Políticas Públicas do SOS Mata Atlântica Mario Mantovani além de externar sua felicidade por estar no Ceará assinando o Termo de Cooperação convocou os prefeitos, empresários e a comunidade a conhecerem aquela floresta que está ao redor deles, que é uma das mais ricas em biodiversidade do mundo, porque “quem não conhece, não valoriza”. Destacou ser aquele momento ímpar para o município decidir o que vai fazer, vez que o plano traz benefícios para a gestão ambiental e o planejamento do município, além de ser uma “legislação que coloca o município muito mais próximo do cidadão, porque também estamos falando em qualidade de vida”, destaca.

Durante a solenidade, que foi aberta pela orientadora de célula da Apa de Baturité, Patrícia Jacaúna, houve apresentação do grupo musical de alunos do Cidade da Arte. Além dos componentes da Mesa, os participantes tiveram voz. No auditório estavam o promotor João Filho, que frisou em sua fala que o crime ambiental compensa para quem o pratica. “ A multa é pequena comparada ao valor que agrega ao empreendimento com a infração cometida”. Disse que está atento e que a ação, nesses casos, tem que ser inteligente.

O ambientalista Flávio Torres solicitou ao secretário Artur Bruno que fortaleça a Semace, que tem um trabalho especial no tocante a identificação e punição de infratores da legislação ambiental e pediu também mais atenção com o rio Pacoti. Convidou o Secretário para “in loco” ver como estão poluídos aquele recurso natural. Artur Bruno ao final do evento, fez questão de ir na margem do rio acompanhado pelo professor e saiu entristecido. A água escoa barrrenta quando deveria ser límpida.

A Mata Atlântica está presente ao longo do país, e ela se mostra com diferentes feições – incluindo desde as formações de florestas até ambientes associados, como restingas e manguezais – e é considerada um dos 34 hotspots mundiais – regiões do planeta de maior prioridade para a preservação. Essa floresta abriga cerca de 70% dos animais brasileiros ameaçados de extinção e dela só resta 12,5% .

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