Sema quer recuperar Mata Atlântica

9 de junho de 2015 - 13:47

O Ceará tem Mata Atlântica e a determinação é aumentar sua cobertura florestal. O primeiro passo para o cumprimento dessa meta será firmado, na quarta-feira, 10/06, com a Secretaria do Meio Ambiente do Ceará assinando os termos de Cooperação Técnica com a Fundação SOS Mata Atlântica e as sete prefeituras do maciço: Palmacia, Pacoti, Guaramiranga, Redenção, Baturité, Aratuba e Mulungu. Daí resultará no Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PNMA). A solenidade ocorrerá no hotel Vale das Nuvens, às 9 horas, em Guaramiranga.

O secretário de Meio Ambiente, Artur Bruno, ressaltou que apresentará também a proposta da Sema para a recuperação das nascentes do rio Pacoti e o concomitante projeto de educação ambiental, para a área. Isto é importante porque os 12,5% da Mata Atlântica que sobrevive presta serviços ambientais essenciais, “como a conservação das águas que abastecem as cidades e a estabilidade dos solos, tão importantes à agropecuária. Por isso, deve-se reflorestar o que foi degradado e proteger as nascentes e o fluxo hídrico.

Embora protegido por Lei Estadual, vez que existe a Área de Proteção Ambiental – Apa do Pacoti, sabe-se que ao longo dos seus 150 km, vem sendo receptor de efluentes domésticos e industriais não tratados, que provocam degradação, e também por conta do acelerado crescimento urbano.

Artur Bruno disse que o Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA) irá normatizar os elementos necessários à proteção, conservação, recuperação e uso sustentável da Mata Atlântica. A produção elaboração e implementação do PMMA deverá ser efetivada em cada município que apresenta remanescentes desse Bioma. Ele destacou que o Encontro de Secretários, que ocorreu recentemente no Rio Janeiro, foi o ponto de partida para um diálogo e ação conjunta, objetivando reduzir a zero o desflorestamento ilegal da Mata Atlântica.

A Mata Atlântica é também uma das florestas mais ricas em biodiversidade no mundo. Ao longo do país, ela mostra diferentes feições – incluindo desde as formações de florestas até ambientes associados, como restingas e manguezais – e é considerada um dos 34 hotspots mundiais – regiões do planeta de maior prioridade para a preservação. Essa floresta abriga cerca de 70% dos animais brasileiros ameaçados de extinção. Vivem na Mata Atlântica quase 72% da população brasileira – mais de 145 milhões de habitantes em 3.429 municípios. No entanto, a Mata perdeu quase toda a sua cobertura original ao longo da história do Brasil. Hoje, restam 8,5 % de remanescentes florestais acima de 100 hectares do que existia originalmente. “Somados todos os fragmentos de floresta nativa no país, acima de 3 hectares, temos atualmente 12,5%.” frisou Artur Bruno.