Faltam engajamento e recursos nas políticas de educação ambiental

20 de novembro de 2014 - 14:35

“Fixa muito no superficial e portanto estão transversalmente fragilizados os espaços de educação ambiental e de controle social no Brasil, embora a crise ambiental seja planetária. Faltam recursos humanos, financeiros e engajamento. Todo engajamento começa com as pessoas que nos fazem sorrir, não pode ser algo triste. Pontualmente temos problemas, mas nosso lado lúdico nos ajuda na superação”, foi com essa mensagem de otimismo que a palestrante Jaqueline Guerreiro, fez uma diagnose da desarticulação no país das políticas ambientais. Jaqueline Guerreiro foi a palestrante no período da manhã, do III Encontro Cearense de Educação Ambiental, abordando os “Desafios da Educação Ambiental” . Ela é responsável pela Rede Brasileira de Educação Ambiental, Rebea, do Comitê Assessor da Política Nacional de Educação Ambiental, além de ser consultora do governo do estado do Rio de Janeiro e está construindo o Programa de Educação Ambiental no Rio de Janeiro.

Ela lembrou, como exemplo, que a Agenda 21, que é o planejamento estratégico do território, está relegada. Disse que o Ministério do Meio Ambiente convocou uma reunião para a segunda-feira,24, e há uma expectativa do tema ser retomado. Destacou que poucos conselhos de Meio ambiente t?m Câmara técnica e indagou: Cadê a educação ambiental do Conama, que inclusive está hoje reunido? Fazem três anos que o Comitê Assessor da Rede não se reune. Como exemplo positivo citou o reconhecimento do papel dos jovens nesses espaços de participação.

O III CIEA teve um público selecionado. Apenas 150 participantes. A coordenadora do evento, Maria José Holanda, criticou a falta de cumplicidade da centena de inscritos que faltaram. Todos os participantes da Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental fizeram-se presente. De imediato identificamos entre os presentes: Tiago Souza, de Itapipoca, Paulo, do Crato, Lívia, de Sobral, Nelson, de São Benedito e Angélica de Piquet Carneiro, dentre outros de Várzea Alegre, Acaraú, Barreiras, Caucaia, Jardim. A ideia é fortalecer a educação ambiental no estados.

A presidente do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente, Conpam, órgão que preside a CIEA, Virgínia Carvalho, que está hoje em Brasília participando da última reunião do ano do Conama, foi representada pelo coordenador jurídico, Felipe Gomes. Ele exaltou a necessidade do coletivo se impor, para dar voz as questões ambientais, vez que infelizmente as causas ambientais só ganham força depois de situações de catástrofes. Mostrou assim o quanto é importante a política nacional de meio ambiente ser colocada em prática.

À tarde, ainda abriu com perguntas e respostas à palestrante Jaqueline, sendo apresentadas, a seguir, As experiências de Educação Ambiental no Ceará do Coletivo Jovem, do GEA de Antônio Bezerra, as de Barreira e dos Indígenas Pitaguary.