Trinta e duas carradas de aguapés foram retiradas do rio Cocó

8 de outubro de 2014 - 13:09

O Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente, Conpam- ultrapassando a sua função de órgão articulador, fez uma parceria com a Cogerh e a Defesa Civil de Fortaleza no sentido de retirar a vegetação do leito do rio Cocó. A área da Murilo Borges até a foz foi dividida em cinco trechos. Só do que vai da Murilo Borges a Raul Barbosa, área 2, foram retiradas 32 carradas de material, o que equivale a cerca de 18 toneladas, no período de 27 de agosto a 13 de setembro de 2014 . A ação constou da utilização de um barco, cedido pela Cogerh, para arrancar os aguapés, uma escavadeira, além de caçambas para destinação do material removido (vegetação e lixo) em direção ao aterro sanitário e agentes da defesa civil de Fortaleza e servidores do Conpam.

Agora, o Conpam faz um trabalho manual na área 3, entre as avenidas Engenheiro Santana Junior e Sebastião de Abreu, com homens que trabalham no Parque do Cocó. Esta é uma ação paliativa, tendo em vista que a sujeira sedimenta e fica difícil de ser retirada só com a força humana. O próprio barco, por várias vezes, enganchava a hélice do motor nos resíduos.Constatou-se que a vegetação estava tão densa que estava barrando a passagem da água da foz em direção à montante do rio Cocó, que por sua vez impedia a entrada da salinidade do mar, dificultando ou impedindo a manutenção da vegetação de mangue, que é tão importante para o ecossistema estuarino.

Outra dificuldade encontrada para realizar a limpeza foi relacionada ao acesso, visto só existirem dois locais que possibilitavam a entrada de máquinas grandes: um acesso na foz (Sabiaguaba) e outro entre as avenidas Gal. Murilo Borges e Raul Barbosa. O tipo de resíduos sólidos encontrado: pneus, sofás, capotas e parachoques de carro, aparelho sanitário, plásticos, etc., diminuíam a navegabilidade, além de constituir material que se prendia à hélice do motor do barco que retirava a vegetação.

As áreas mais críticas são as áreas 1, 2 e 3, pois as áreas 4 e 5 apresentam mais salinidade e portanto maior poder de depuração. O Conpam deixa claro que não é da sua competência fazer limpeza em recurso hídrico. Mas instiga as ações em parceria com outros órgãos. A principal parceira do rio tem que ser a comunidade que está ao seu redor.

As cinco áreas:

1: vai da BR- 116 até a avenida Gen. Murilo Borges (ponte);

2: vai da avenida Gen. Murilo Borges (ponte) até a avenida Engenheiro Santana Júnior (ponte);

3: vai da avenida Engenheiro Santana Júnior (ponte) até a avenida Sebastião de Abreu (ponte);

4: vai da avenida Sebastião de Abreu (ponte) até o final das áreas salineiras desativadas;

5: vai do final das áreas salineiras desativadas até a foz do rio Cocó, entre a praia do Caça e Pesca e a praia da Sabiaguaba.