Área de Proteção Ambiental da Bica do Ipu

31 de maio de 2013 - 18:12

1. APRESENTAÇÃO

A Área de Proteção Ambiental (APA) da Bica do Ipu, unidade de conservação de uso sustentável administrada pela Secretaria do Meio Ambiente – SEMA, foi criada por meio do DECRETO Nº 25.354, de 26 de janeiro de 1999. Abrange uma área de 3.484,66 hectares e localiza-se no município de Ipu, a 391 km de Fortaleza. O acesso a esta unidade de conservação saindo de Fortaleza ocorre pela BR 222, seguindo pela Rodovia CE 187.

2. JUSTIFICATIVA DE CRIAÇÃO

Justifica-se sua criação em decorrência das peculiaridades ambientais da Serra da Ibiapaba e da Bica do Ipu, que tornam este ecossistema de grande valor ecológico e turístico e pela natural fragilidade do equilíbrio ecológico da Bica do Ipu, em permanente estado de risco face às intervenções antrópicas.

3. CARACTERÍSTICAS GERAIS

A APA da Bica do Ipu compreende áreas de encostas, setores mais elevados da serra e as nascentes dos Riachos Ipuçaba e Ipuzinho.
A região apresenta uma paisagem de rara beleza, sendo o relevo e a vegetação exuberante de Mata Atlântica, suas expressões mais notáveis, apresentando ainda, espécies faunísticas diversas.

Encravada na formação rochosa “despenhadeiro da morte”, verifica-se uma queda d’água de 120 metros de altura, formando um cenário conhecido como “véu de noiva” que integra a tão famosa Bica do Ipu, bastante visitada por turistas e moradores que a desfrutam como área de lazer e de contemplação da natureza.

4. COMUNIDADES

A população do município de Ipu, veranistas e turistas usufruem das riquezas ambientais da área, através do desenvolvimento de práticas de atividades turísticas e de lazer.
Inseridas nos limites da APA existem sete comunidades que sobrevivem diretamente da utilização de seus recursos naturais, basicamente pesca e agricultura de subsistência. São elas: São Paulo, São João, Mato Grosso, Várzea do Jiló, Santo Antônio, Guarita e Gameleira.

5. ATIVIDADES PROIBIDAS

• Implantação ou ampliação de atividades potencialmente poluidoras ou degradadoras;
• Supressão de vegetação e uso do fogo sem a autorização da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace);
• Atividades que possam poluir ou degradar os recursos hídricos abrangidos pela APA, bem como o despejo de efluentes, resíduos ou detritos capazes de provocar danos ao meio ambiente;
• Intervenção em áreas de preservação permanente, como: margens dos riachos; topos de morros; nascentes, ainda que intermitentes; encostas ou partes destas com declive superior a 45°, equivalente a 100 por cento na linha de maior declive; dentre outras;
• Demais atividades danosas previstas na legislação ambiental.

6. PROBLEMAS AMBIENTAIS

Os principais problemas existentes na APA são decorrentes da ação antrópica e ocasionados pela disposição irregular de resíduos sólidos, desvio de cursos d’água para uso na atividade agrícola, além de desmatamento e queimadas.
SEMA e Semace realizam fiscalizações semanais na área. Entretanto, a colaboração da sociedade é imprescindível na gestão desta unidade de conservação, denunciando as agressões ao meio ambiente e adotando atitudes que propiciem o desenvolvimento de uma consciência ecológica na população e nos visitantes.

7. ADMINISTRADOR

Secretaria do Meio Ambiente – SEMA

Telefone: (85) 3101-5550

8. TURISMO

Na região podem ser realizadas caminhadas nas trilhas ecológicas, além da prática de esportes radicais, como rapel, tirolesa, voo livre, arvorismo, corrida de orientação e escalada. Ressalte-se ainda, a existência de aprazíveis cascatas, onde a população e os visitantes praticam atividades de lazer e de encontro com a natureza.