2º Festival Ceará Sem Fome: Sema participa com o estande Sustentabilidade
15 de outubro de 2025 - 14:46 ##Sustentabilidade #Agricultura Familiar #Festival Ceará Sem Fome #Oficina das Flores #Qualificação e Renda #Roleta da Sustentabilidade
A Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema) participa, nesta quarta e quinta-feira (15 e 16), da 2ª edição do Festival Ceará Sem Fome, realizado no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza. O evento celebra os dois anos das Cozinhas Ceará Sem Fome e a transformação que o programa vem proporcionando na vida de milhares de famílias em todo o estado.
Com uma programação ampla e diversa, incluindo palestras, painéis, exposições, entrega de selos e prêmios, o festival conta com estandes dedicados aos eixos +Qualificação e Renda, Agricultura Familiar, Sustentabilidade e parceiros do programa. Seu principal objetivo é valorizar e reconhecer o trabalho das Agentes Populares de Segurança Alimentar, compartilhar os resultados e avanços do programa, promover formação e mobilizar a sociedade cearense no combate à insegurança alimentar. Este ano, o evento faz alusão ao Dia Mundial da Alimentação e, pela primeira vez, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU) escolheu o Ceará para dar visibilidade a temas como fome, segurança alimentar e direito à alimentação, fortalecendo o diálogo com diferentes setores da sociedade.
A Sema coordena o Comitê de Sustentabilidade do Ceará Sem Fome e está comprometida em planejar ações que garantam a destinação correta das quentinhas e a reutilização de materiais recicláveis, estudando alternativas como a transformação das embalagens em tijolos e outros produtos.
No estande de Sustentabilidade, a Sema promove educação ambiental com atividades interativas e educativas. Os visitantes podem participar de ações como a doação de mudas nativas e ecobags, além de oficinas práticas. Uma das principais atrações é a “Oficina das Flores”, voltada especialmente para as Agentes Populares de Segurança Alimentar, que ensina a confeccionar flores a partir de embalagens de isopor — material amplamente utilizado nas quentinhas distribuídas pelo programa. A iniciativa busca conscientizar sobre o descarte inadequado dessas embalagens, usadas em larga escala por mais de 360 cozinhas em Fortaleza, que fornecem cerca de 100 quentinhas diárias cada.
“Nossa ideia é mostrar que materiais simples, como as embalagens de quentinhas, podem ganhar uma nova vida por meio da criatividade. Além de reduzir resíduos, essa iniciativa incentiva práticas sustentáveis e valoriza o trabalho artesanal”, destacou a técnica Renata Martins, da Coordenadoria do Desenvolvimento Sustentável (Codes) da Secretaria do Meio Ambiente (Sema).
Outro destaque é a “Roleta da Sustentabilidade”, uma atividade lúdica com perguntas sobre água, resíduos sólidos, agricultura familiar e outros temas relevantes. Quem responde corretamente ganha brindes, como ecobags, incentivando a redução do uso de sacolas plásticas.
Além disso, o estande oferece informações e demonstrações práticas sobre compostagem, ensinando a transformar resíduos orgânicos em adubo e a montar composteiras caseiras com materiais simples, como baldes de margarina. Essa prática contribui para a redução de resíduos e enriquece o solo para jardinagem e agricultura.
Durante o evento, que reúne iniciativas voltadas para a sustentabilidade e a redução do desperdício, Ana Luíza de Lima Ribeiro, conhecida como Ana do Arpoador, compartilhou sua experiência e visão sobre a reutilização de quentinhas durante a oficina das flores.
“Eu tenho uma cozinha no Cristo Redentor, que é um espaço incrível, e estou aqui para aprender a destinar nossas quentinhas de forma correta. Precisamos encontrar um retorno para essas quentinhas, seja em forma de jarros ou quadros”, pontuou Ana, destacando a importância de dar um destino sustentável aos recipientes utilizados.
Por fim, Ana destacou a relevância da oficina que estava participando. “Essa oficina é de grande importância porque nos ensina a utilizar a quentinha vazia. Assim, vamos dar um motivo para respirar ao receber a quentinha”, concluiu, reforçando a necessidade de conscientização e ação coletiva em prol do meio ambiente.