Complexo da Sabiaguaba celebra três anos como símbolo de sustentabilidade, afeto e pertencimento
7 de julho de 2025 - 16:34
Com o lema “Floresce um novo tempo”, celebração reuniu comunidade, gestores e parceiros em um encontro marcado por afeto, cultura, gastronomia e defesa do meio ambiente.
Na tarde da última sexta (4), o Complexo Ambiental e Gastronômico da Sabiaguaba celebrou seus três anos de abertura ao público com uma programação marcada por emoção, arte e reconhecimento ao trabalho coletivo que vem transformando esse espaço em um modelo pautado pela sustentabilidade, inclusão e valorização da cultura local. O evento reuniu autoridades, empreendedores, nativos da comunidade, visitantes e parceiros institucionais que têm contribuído para a consolidação do Complexo como parte viva do Parque Estadual do Cocó.
Para tornar a celebração ainda mais pulsante, o músico Nonato Lima fez um show que começou com a chegada dele de barco, executando no acordeon a Ave Maria Sertaneja, de Luiz Gonzaga. Depois dos parabéns ao equipamento, todo mundo dançou forró e quadrilha com muita animação e alegria.
Com o tema “Floresce um novo tempo”, a comemoração trouxe à tona a metáfora da semente que brota em terra fértil — símbolo do projeto que, desde 2022, vem fortalecendo vínculos entre natureza e comunidade. “Floresce no reencontro das pessoas que aqui visitam e conhecem os saberes da terra, do rio e do mar. Floresce na valorização da gastronomia tradicional, no ecoturismo consciente, na educação ambiental e nas expressões culturais que aqui resistem e se renovam”, destacou o gerente executivo do Complexo, Caio Quinderé.
O evento teve início com uma cerimônia em frente ao Centro de Memória Raízes da Sabiaguaba, seguida da chegada do sanfoneiro Nonato Lima. A cena emocionou o público e abriu caminho para a celebração coletiva de um espaço que, em apenas três anos, já acolheu cerca de 240 mil visitantes e firmou-se como referência em turismo sustentável, memória, cultura e gastronomia com identidade.
Representando a titular da Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Ceará (SEMA), Vilma Freire, o secretário executivo da pasta, Cassimiro Tapeba, lembrou que o Complexo é parte do Parque Estadual do Cocó e ressaltou a importância da integração com a comunidade: “Somos um só. A Sabiaguaba é um espaço de acolhimento, inclusão e afeto, onde as pessoas vêm pela beleza e permanecem pelo calor humano que encontram aqui”.
A diretora administrativo-financeira do Instituto Dragão do Mar (IDM), Adriana Victorino, reforçou o compromisso da instituição com o projeto. “Acompanho de perto as ações do Complexo e é visível o quanto a região avançou sob sua influência. Que venham muitos anos de conquistas para essa comunidade que faz tudo acontecer com tanta dedicação”, afirmou.
Além de gestores públicos e representantes institucionais, a cerimônia contou com falas emocionadas das moradoras Isabele Aguiar e Joseane Nogueira, representantes da comunidade nativa que atua diretamente no espaço. Ao lado de Alice Monteiro, mais antiga permissionária, cozinheira e marisqueira, elas resumem o sentimento de pertencimento que a Sabiaguaba desperta: “Todo nativo carrega dentro de si um amor inigualável pelo bairro Sabiaguaba e um zelo que só um nativo compreende”.
Na plateia, estiveram presentes representantes da SEMA, como Karyna Leal (secretária de Gestão e Planejamento), Gisela Piancó (assessoria de gabinete), Patrícia Jacaúna (coordenadora de Biodiversidade) e Wlademir Theotônio (gestor do Parque Estadual do Cocó). Também marcaram presença a secretária executiva da Regional 7 de Fortaleza, Kátia Rodrigues, o superintendente do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Fortaleza, Artur Bruno, que representou a Prefeitura de Fortaleza, e integrantes do Instituto Dragão do Mar, como Camila Maia (assessora institucional), Calebe Rodrigues (coordenadora de Comunicação) e a empresária Tamara Colares, da agência de turismo Viaje com a T&C.
O Complexo da Sabiaguaba é gerido pela SEMA em parceria com o Instituto Dragão do Mar. Integra o Parque Estadual do Cocó e abriga o Centro de Memória Raízes da Sabiaguaba, 16 quiosques gastronômicos de empreendedores nativos, ações de educação ambiental e uma agenda contínua de atividades culturais e comunitárias. É um espaço onde natureza, cultura e cidadania caminham juntas, reafirmando que é possível construir políticas públicas baseadas na escuta, no pertencimento e no florescer coletivo.