Dia da Mata Atlântica: Seminário discute proteção e conservação do bioma
27 de maio de 2025 - 16:27
O Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (CERBMA), coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema), promoveu nesta terça-feira (27), no município de Redenção, o Seminário Regional do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA). O evento previsto no Planejamento Tático Operacional do CERBMA, para o período compreendido de 2025-2030, contou com o apoio da Agência de Desenvolvimento Regional do Maciço de Baturité, A Associação dos Municípios do Maciço de Baturité – AMAB, do Nucleo de Iniciativas Comunitárias – NIC, da Prefeitura de Redenção e do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Ceará – SEBRAE/CE.
De acordo com o técnico da Coordenadoria da Biodiversidade (Cobio/Sema), Lucas Silva , o seminário reuniu gestores públicos, técnicos, representantes da sociedade civil e instituições da região. “O objetivo foi fortalecer a elaboração do Plano Municipal da Mata Atlântica (PMA), instrumento essencial para o planejamento ambiental, conservação da biodiversidade e recuperação de áreas degradadas”, disse. Lucas apresentou um painel sobre o Comitê, destacando o papel do colegiado na articulação de políticas públicas e na gestão integrada dos territórios da Mata Atlântica, em território cearense.
Ferramenta estratégica
De acordo com o técnico Lucas Silva, o Maciço de Baturité abriga um dos principais remanescentes de Mata Atlântica no Semiárido nordestino e por isso tem nos PMMAs, uma ferramenta estratégica para garantir a proteção e de tão importante patrimônio natural. “Os planos, mais do que uma exigência legal, são instrumentos de planejamento ajudando o município a conhecer territórios, proteger recursos naturais, promovendo o desenvolvimento sustentável, aliado à conservação da natureza”, destacou.
Outros três painéis foram apresentados. O Professor Gustavo Chaves, do Núcleo de Iniciativas Comunitárias (NIC), proferiu palestra sobre as espécies da Mata Atlântica, abordando a importância do conhecimento da biodiversidade local para a conservação e manejo da fauna e flora. A experiência, os desafios, as metodologias e avanços com a construção do PMM, no município de Capistrano, foi trazida pelo Sr. Iramilsom, também representante do NIC. E encerrando, os técnicos da Sema, Nayrisson Prado e Valdir de Abreu, apresentaram metodologias de geoprocessamento e análise espacial para subsidiar os PMMAs.
A Mata Atlântica
O Dia Nacional da Mata Atlântica é comemorado em 27 de maio, em referência ao Padre José de Anchieta que assinou a famosa Carta de São Vicente, documento em que, pela primeira vez, o Padre descreveu a biodiversidade e a beleza das florestas tropicais do Brasil. O dia foi instituído pelo Decreto Presidencial de 21 de setembro de 1999 com a proposta de conscientizar a população sobre a urgente necessidade de preservar e proteger o pouco que resta da Mata Atlântica brasileira.
O bioma é uma das regiões mais ricas em biodiversidade no mundo, corresponde a cerca de 15% do território nacional, estando presente em 17 estados brasileiros, sendo muito predominante na costa do Oceano Atlântico, sendo essa a razão de seu nome.
O Ceará tem uma área de 866.840 hectares dentro da Lei da Mata Atlântica, sendo 63.612 hectares de área com remanescentes e mais 134.911 hectares de ecossistemas associados que integram o conceito de Mata Atlântica, a exemplo do manguezal e dos encraves florestais do Nordeste. Encontramos área de Mata Atlântica na seguintes Unidades de Conservação (UCs) estaduais: Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra de Baturité; Parque Estadual do Pico Alto; (APA) da Bica do Ipu; APA da Serra da Aratanha; Parque Estadual Sitio Fundão; Área de Relevante Interesse Ambiental (ARIE) Sítio Curió e Parque Estadual do Cocó.