Sema participa de roda de conversa sobre o impacto da Educação Ambiental na inclusão de crianças com autismo, em Itaiçaba

14 de abril de 2025 - 16:31

Na manhã do último sábado (12), a técnica da Coordenadoria do Desenvolvimento Sustentável (Codes) da Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema), Allyne Gama, participou de uma roda de conversa, no município de Itaiçaba, sobre a relação entre crianças com autismo e a natureza. O debate aconteceu durante a inauguração do Espaço “Reciclar, Brincar e Incluir”, no Polo de Lazer Beira Rio. O local, equipado com brinquedos especialmente voltados para crianças atípicas, foi idealizado pela Prefeitura Municipal para promover o desenvolvimento lúdico e a inclusão.

Com a palestra “Como a preservação ambiental pode ajudar as pessoas com TEA?”, Allyne Gama destacou como a educação ambiental pode contribuir para a socialização, regulação emocional e estimulação sensorial dessas crianças. “A Educação ambiental, bem como, as atividades em contato com a natureza, são cruciais para a conscientização da criança parte integrante do meio ambiente. Esse processo não apenas estimula a reflexão crítica sobre o nosso papel nos diferentes habitats, mas também contribui para o desenvolvimento de um sentimento de pertencimento socioambiental, incentivando o respeito à natureza, a nós mesmos e ao outro”, pontuou.

Ela também ressaltou a iniciativa do Parque Estadual Botânico do Ceará, Unidade de Conservação (UC) estadual gerida pela Sema, que acolheu o jovem Heverton do Nascimento Ferreira, um adolescente de 17 anos com autismo. Aluno do curso técnico em Meio Ambiente da Escola Estadual de Educação Profissional Salaberga Torquato Gomes de Matos, em Maranguape, Heverton conquistou uma oportunidade de estágio na UC após várias tentativas sem êxito em outras instituições.

Saiba mais

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento, como ações repetitivas, hiperfoco em objetos específicos e interesses restritos. O espectro é amplo, variando de casos leves, com total independência, a casos mais graves, com dependência total para atividades diárias. Embora o TEA não tenha cura, o diagnóstico precoce possibilita a estimulação precoce, promovendo maior independência e qualidade de vida para a criança.