SEDIV, SEIR e SEPIN assinam termo de compromisso com o programa Coleta Seletiva Solidária

13 de agosto de 2024 - 21:07

A Secretaria da Diversidade (SEDIV), da Igualdade Racial (SEIR) e dos Povos Indígena (SEPIN) assinaram, na manhã desta terça-feira (13), Termo de Compromisso para a Coleta e Destinação de Resíduos Recicláveis, no âmbito da Coleta Seletiva Solidária. Com o acordo, as três secretarias estaduais passam a aderir ao programa coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema). A Sociedade Comunitária de Reciclagem de Resíduos Sólidos do Pirambú (Socrelpe) é a instituição fará a coleta dos resíduos recicláveis, produzidos pelos três órgãos que compartilham o mesmo endereço.

O documento também contou com as assinaturas da secretária Vilma Freire, titular da Sema e da presidente da Socrelp, Janete Cabral Alves. Vilma destacou que o Coleta Seletiva Solidária é um programa da Governo do Ceará que está sendo copiado por diversos órgãos de outros estados da federação. Ela também relembrou o momento em que o presidente Lula subiu a rampa do Palácio do Planalto para receber a faixa presidencial e cumpriu o trajeto acompanhado de uma catadora. “Ficou muito claro para todo o Brasil o valor que este governo coloca para a questão dos catadores e catadoras de material reciclável e para o tema do lixo como um todo”, disse.

A secretária Vilma ainda observou a questão da mudança de comportamento. Lembrou que os colaboradores, a partir da prática da Coleta Seletiva nos seus órgãos, passam a ser modelo para os seus familiares. De acordo com a titular, significa que além de estarmos fazendo a tarefa de casa também passamos a influenciar pessoas. “O exemplo arrasta!”, afirmou. Com a adesão ao programa, as três secretarias destinarão, de forma solidária, papel, papelão, copos descartáveis, garrafas de plástico, metais diversos e outros materiais recicláveis para a Socrelp.

Mudar a lógica

A coordenadora de Políticas Públicas da SEPIN, Rosa Pitaguary, ressaltou a importância da Mãe Terra e colocou a sua secretaria a disposição total do projeto. “Mãe, a gente cuida, a gente zela, não vende, não negocia, precisamos abraçar a essa causa muito fortemente”, disse. Para a secretária da Diversidade, Mitchelle Meira, é preciso mudar a lógica que vivenciamos hoje. Ela afirmou que “já não é mais possível não se importar com o que vai acontecer com aquela sacola plástica que está sendo descartada e que o Coleta Seletiva Solidária é uma sementinha que está sendo plantada agora e que vai se tornar uma enorme árvore”, completou.

A secretária executiva da SEIR, Martír Silva, agradeceu à Sema por trazer a Coleta Seletiva Solidária, que ela definiu como “um conjunto de ações e uma proposta de projeto, absolutamente indispensável em um tempo histórico, no qual o meio ambiente é o nosso grande desafio ao lado da desigualdade”. Segundo a executiva, cada território indígena, quilombola, cada terreiro e lugar habitado por ciganos são espaços de preservação, são territórios que representam uma “alternativa” a “lógica de produção e consumo” que temos hoje. “O Meio ambiente não é só a fauna e a flora, é também o ser social , as tradições, o modo de produção, de viver”, destacou.
A presidente da Sociedade Comunitária de Reciclagem de Resíduos Sólidos do Pirambú lembrou que este ano, a Socrelp completa 30 nos de existência. Ela declarou que tanto a Coleta Seletiva Solidária, como o Auxílio Catador, outro programa da Sema, é um importante complemento de renda para os catadores e catadoras associadas. Ela também agradeceu o fato da Sema estar sempre tão perto. “Não é fácil entrar em órgãos públicos. Mais uma vez agradeço a parceria”, declarou.

Coleta Seletiva Solidária

A Coleta Seletiva Solidária foi instituída pelo Decreto Estadual no 32.981, de 21 de fevereiro de 2019, diante da importância do exemplo que deve ser transmitido à sociedade por parte de todas as entidades e órgãos que compõem a Administração Pública Estadual direta e indireta na correta destinação dos resíduos recicláveis com a participação de associações e/ou cooperativas de catadores, buscando à inclusão social e emancipação econômica de catadores de materiais reciclados.