SEMA participa do lançamento da campanha Terra, Floresta, Água de enfrentamento à desertificação e à seca

11 de junho de 2024 - 18:26

A Secretaria do Meio Ambiente e Mudanças do Clima (SEMA) participou do lançamento da campanha “Terra, Floresta, Água – Movimento Nacional de Enfrentamento à Desertificação e à Seca” em Petrolina (PE), nesta segunda-feira (10), em Petrolina, Pernambuco e Juazeiro da Bahia. A gestora Angelica Leite Jorge, da Área de Proteção Ambiental (APA) do Horto do Padre Cícero, representou a SEMA no evento que contou com a presença da Ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

De acordo com Angélica, a atividade é parte da Missão Climática pela Caatinga, que reuniu governos federal e locais, além da participação do secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, Ibrahim Thiaw, no enfrentamento aos efeitos da mudança climática na Caatinga presente em 12% do território do país. “A convite da Ministra participei da missão, por meio da qual pude conhecer ações de convivência com o semiárido”, disse. O deputado federal Túlio Gadêlha e o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, também participaram do evento.

Em Petrolina, o MMA anunciou a seleção de 12 projetos prioritários para a criação de unidades de conservação federais no bioma Caatinga, a serem implantadas até 2026, que resultarão no aumento de mais de um milhão de hectares das áreas protegidas. “Os estudos da ciência estão nos mostrando que já temos uma ampliação das áreas que eram semiáridas e que estão ficando áridas. Isso é mudança do clima. Se a gente ‘descaatinga’ a Caatinga, a gente agrava o problema”, alertou a ministra Marina.

Encontram-se em andamento as ampliações do Parque Nacional da Serra das Confusões, no Piauí; da Floresta Nacional de Açu, no Rio Grande do Norte; e do Refúgio da Vida Silvestre do Soldadinho-do-Arararipe, no Ceará.

Saiba mais

Segundo dados do MMA, a desertificação atinge 13% do semiárido brasileiro. São regiões onde a atividade humana e as variações climáticas determinaram a perda total da biodiversidade, da capacidade de oferecer serviços ecossistêmicos e até da capacidade produtiva do solo para segurança alimentar.

Localizada integralmente no semiárido, a Caatinga só existe no Brasil e abriga uma biodiversidade única, com grande número de espécies endêmicas, que só ocorrem no bioma. Essas características – somadas ao fato de ter 60% de seu território ocupado por populações – fazem com que a vegetação nativa dessa região seja a mais suscetível às mudanças climáticas, segundo indicou o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU).