Coordenadoria de Biodiversidade da Sema promove capacitação sobre o besouro que derruba árvores
30 de janeiro de 2024 - 13:06
A Coordenadoria de Biodiversidade (Cobio), da Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema), promoveu nesta segunda-feira (29), na Área Adahil Barreto do Parque Estadual do Cocó, capacitação sobre o Euchroma (besouro metálico), conhecido como o besouro que derruba árvores. O curso foi ministrado pelo Professor Lamartine Soares, da Universidade Federal do Ceará (UFC), com a colaboração das equipes da Célula de Flora (Ceflor/Cobio/Sema) e da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa dos Animais (Coani/Sema) e gestores de Unidades de Conservação (UCs).
De acordo com o técnico da Ceflor, Christopher Morais, um dosobjetivos da capacitação é mostrar o risco da presença desse inseto em árvores. É que as larvas dessa espécie são capazes de perfurar a madeira e enfraquecendo a base das árvores, que chegam a perder galhos ou cair por completo. “É importante que os gestores das UCs consigam avaliar quando efetuar a remoção de árvores que apresentem risco de queda e consequentemente, risco de dano ao patrimônio público e a vida humana”, explicou.
As árvores que contém o inseto são muito impactadas, pois o besouro coloca os ovos na base da planta. Ao eclodir, as larvas vão consumindo a parte inferior da árvore — o dano é significativo porque cada larva pode possuir uma cabeça de dois centímetros, o que gera vários buracos na estrutura da planta. A aula prática, através da qual os gestores puderam avaliar os sintomas das árvores que contém o inseto, aconteceu na área de uso público, do Adahil Barreto, onde foi possível avaliar duas espécies de Mongubas infectadas pelo inseto. A aula teórica foi ministrada na sede da Cobio.
Saiba mais: sintomas das árvores afetadas
As árvores que contém o inseto apresentam os seguintes sintomas: ponteiras apresentam desfolha; folhas da planta danificada ficam menores e amareladas; na base da planta, começa a aparecer gomose, que é como se fosse uma secreção que a espécie contaminada desenvolve para se proteger do invasor, que exala mau cheiro; descamação na base da planta (sintoma que a planta apresenta quando em estado avançado), ou seja, ou seja, o tronco desfarela e as raízes superficiais quebram facilmente.