GT interinstitucional realiza primeira reunião técnica referente ao recurso para criação de quatro novas UCs

21 de dezembro de 2023 - 10:01

Grupo de trabalho interinstitucional formado pela Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema), pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e a organização da sociedade civil, Associação Caatinga, realizou no último dia 18, a primeira reunião técnica sobre o projeto “Caatinga Preservada: ampliando e melhorando a gestão das UCs na Caatinga Cearense”. Uma das exigência do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

A Associação foi a vencedora da Chamada de Projetos 03/2023 do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), com a proposta “Caatinga Preservada: ampliando e melhorando a gestão das UCs na Caatinga Cearense”. Durante a reunião online foi discutido o prazo para execução do projeto que deverá ser de no máximo vinte meses e o início das atividades previsto para os primeiros meses do ano de 2024.

De acordo com a orientadora da Célula da Diversidade Biológica (Cedib), Andrea Moreira, da Coordenadoria de Biodiversidade (Cobio/Sema), “durante a reunião também foram tratadas as questões sobre termos de referência, para orientar os estudos específicos, prazos e cronogramas, metodologias, articulação com instituições e parceiros do projeto, além das estratégias para o envolvimento das comunidades locais, entre outros”.

Estudos técnicos e plano de visitação

Andrea também explicou que a proposta da Associação Caatinga prevê a “elaboração dos estudos técnicos e consultas públicas para a criação de quatro Unidades de Conservação (UCs), nas seguintes áreas de estudos: Furna dos Ossos, aproximadamente 15.700ha, abrangendo os fragmentos das serras da Catarina e Santa Luzia e áreas de conexão; Serras da Caatinga, aproximadamente 68.500ha, abrangendo os fragmentos das serras do Jatobá, Redonda, Jacu, Valtiburí, Negros e Flores; Picos da Caatinga, com aproximadamente 6.100 ha, em Itatira e Canindé; e Serrinha de Pacujá, na Região Hidrográfica do Acaraú e Região Hidrográfica da Serra da Ibiapaba, com aproximadamente 16.800ha”.

Estão previstos ainda, a elaboração de um “Plano de Visitação e Instalação de Sinalização Informativa”, no Parque Estadual das Carnaúbas (PEC). “Ambos deverão ser ser pautados na integralização das demandas das comunidades locais e estratégias, instrumentos de comunicação, mobilização e controle social, que possibilitem a visitação racional sem prejuízos aos recursos naturais e histórico culturais do PEC “, explica Andrea. Será desenvolvido um Manual de Boas Práticas para o Manejo Florestal de Extração da Palha e da Cera da Carnaúba no entorno do Parque, que deverá ser estruturado com a participação efetiva das comunidades locais.