GT multiparticipativo de Florestamento, Reflorestamento e Educação Ambiental discute os efeitos da espécie Euchroma gigantea

19 de dezembro de 2023 - 15:28

Grupo de Trabalho (GT)Multiparticipativo do Programa de Florestamento, Reflorestamento e Educação Ambiental do Estado do Ceará se reuniu nesta segunda-feira (18), na pauta, a espécie Euchroma gigantea. De acordo com técnico Lucas Silva , da Coordenadoria de Biodiversidade (Cobio), da Secretaria do Meio Ambiente e Mudança co Clima (Sema), trata-se de “um besouro que tem atacado árvores utilizadas na arborização urbana, a exemplo das paineiras, xixá-indiano, baobás e especialmente, as mungubeiras (Pachira aquatica)”.

Durante o encontro virtual, o ambientalista e integrante do Movimento Pró-árvore, Leonardo Jales, fez uma apresentação sobre a interação entre o Euchroma gigantea e a Mungubeira, ambos nativos da Amazônia. “O besouro deposita suas larvas no tronco da árvore e estas consomem o lenho, em direção as raízes”, explicou. Enfatizou ainda que o ápice da infestação é o surgimento de gomose, uma espécie de secreção, e do caimento de folhas. “Todo esse processo torna as árvores atingidas suscetíveis à queda”, informou.

De acordo com o técnico da Sema, “para controlar a proliferação do Euchroma gigantea e seus riscos associados, foi pontuada a importância da ampliação da riqueza de espécies utilizadas na arborização urbana, garantindo assim um ambiente mais equilibrado e menos vulnerável à pragas e doenças”. Lucas ainda informou que na ocasião, “foi sugerida a realização de um inventário com todos os indivíduos susceptíveis a ataques pelo inseto e o corte daqueles que apresentarem sinais de gomose, bem como a restrição da produção de espécies impactadas pelo Euchroma gigantea”.

As ações e projetos de florestamento, reflorestamento e educação ambiental realizados pela Sema e parceiros, em 2023, também foram discutidos durante a reunião. Segundo, Lucas Silva, “este ano foram executados 17 hectares reflorestados distribuídos nas Unidades de Conservação (UCs) estaduais, Parque Estadual Botânico do Ceará, Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) da Fazenda Raposa e no Parque Estadual das Águas. A previsão para 2024 abrange os municípios de Iguatu, Arneiroz, Caucaia, Madalena e Pacatuba, totalizando 397,61 hectares a serem reflorestados.’

Na ocasião, a Cagece apresentou o Programa de Descarbonização que está sendo desenvolvido pela Companhia. Entre as principais ações, o programa vai criar quatro bancos de germoplasma vegetal, em diversas tipologias vegetacionais existentes no Estado (serra, litoral e sertão) e dez viveiros de mudas nativas nas unidades Cagece no interior do Estado. Também está previsto a execução de reflorestamentos em áreas degradadas no território cearense.

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O Grupo de Trabalho Multiparticipativo do Programa de Florestamento, Reflorestamento e Educação Ambiental do Estado do Ceará é composto por representantes de órgãos públicos, da sociedade civil e do setor privado. As reuniões são realizadas trimestralmente.