Titular da SEMA afirma em Nova York que “Ceará está cada vez mais comprometido com o combate à crise climática”
19 de setembro de 2023 - 16:50
A cidade de Nova York sedia a 15ª edição da Semana do Clima 2023 (Climate Week), que acontece de 17 a 24 de setembro. Este ano com o tema: “We Can, We Will” – Nós podemos, nós faremos. A secretária do Meio Ambiente e Mudança do Clima (SEMA) do Ceará, Vilma Freire, participa do evento, que é um dos principais, em nível global, direcionado ao debate relacionado às mudanças climáticas. Reúne líderes de governos, empresas e sociedade civil, e objetiva ampliar discussões referentes à agenda climática, além de focar no engajamento de pessoas a se familiarizar com o tema.
Nesta segunda-feira (18), paralelo à Semana, ao participar de evento na Bolsa de Nova York sobre desenvolvimento sustentável, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lançou um pacote de títulos verdes, com o objetivo de captar US$ 2 bilhões – cerca de R$ 10 bilhões, na cotação atual – na Bolsa de Nova York. O Brasil irá oferecer ao mercado financeiro internacional títulos da dívida externa com critérios sustentáveis. A iniciativa é uma forma inédita de financiamento de proteção do meio ambiente.
Neste contexto, Vilma Freire, que acompanha de perto a Semana do Clima, buscando trazer a questão global para as ações locais, tem como claro o quanto o estado do Ceará avança em ações que a curto, médio e longo prazo, visam a mitigação dos impactos da alteração climática no nosso território, “já tão vulnerável” ao fenômeno. “Não por acaso, o slogan da 15a. edição da semana é ‘Nós podemos, nós faremos’ e daqui eu vejo o quanto estamos fazendo para reduzir emissões para apoiar comunidades locais na adaptação à nova realidade das mudanças climáticas”, disse.
“O Ceará está adotando políticas inovadoras como a Política Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) – que está sendo regulamentada –; o decreto de descarbonização; a Política Estadual de Hidrogênio Verde do Ceará – já apresentada para investidores e industriais brasileiros e estrangeiros; o Plano ABC+; além de incrementar o nosso imenso potencial para produção de energias renováveis – notadamente eólica e solar. Estamos cada vez mais comprometidos com o combate à crise climática”, encerrou.
Saiba mais
Título verde: é um título de dívida emitido por organizações públicas ou privadas com o objetivo de financiar projetos sustentáveis e ambientais. Estes títulos procuram atrair investidores interessados em apoiar projetos com impactos positivos no ambiente, como as energias renováveis, a eficiência energética e a conservação da biodiversidade. Os títulos verdes têm uma estrutura semelhante aos títulos convencionais, mas a sua utilização dos fundos está limitada a projetos verdes específicos.
PSA: o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) é um instrumento que recompensa, incentiva – monetariamente ou não – aqueles que provêm serviços ambientais, garantindo uma rentabilidade das atividades de proteção e uso sustentável dos recursos naturais. “Quem degrada paga e quem cuida recebe”, assim é a Política Estadual sobre PSA do Ceará, cujo objetivo é promover, incentivar e fomentar a preservação, a conservação, a manutenção e o incremento dos serviços ambientais no Estado.
Política de Hidrogênio Verde: é um instrumento necessário para fortalecer os potenciais do Ceará que avança para se tornar um dos protagonistas no movimento global de mudança da matriz energética, com base na produção e exportação do hidrogênio verde, uma fonte de energia limpa. A produção do hidrogênio acontece por meio da eletrólise da água. O princípio é simples e brilhante: em vez de usar derivados de compostos fósseis, como o petróleo e o gás natural, utiliza-se a água como matéria prima e, por meio de energia elétrica, reparte-se a molécula da água (H2O) em moléculas de hidrogênio (H2) e oxigênio (O2). Para que esse processo seja totalmente sustentável, a energia deve ser gerada a partir de fontes limpas abundantes em nosso país, como a eólica, solar e hidrelétrica.
Plano ABC+ Ceará (ABC+CE): é um Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, com metas estabelecidas até 2030. Visa aumentar a eficiência e resiliência dos sistemas produtivos cearenses frente às mudanças do clima a partir de uma gestão integrada da paisagem e da proteção do bioma Caatinga e dos ecossistemas associados.