Pagamento por Serviços Ambientais deve ser implantado no Ceará até o final do ano, afirma Vilma Freire
25 de abril de 2023 - 15:15
A secretária do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Ceará, Vilma Freire, abriu o II Seminário Incentivos Econômicos para a Conservação da Natureza, no auditório Waldyr Diogo, na sede da Federação das Industrias do Ceará (FIEC). O evento ocorreu na manhã desta terça (25), promovido pela Associação Caatinga, com apoio da FIEC e patrocínio da Petrobras, com o objetivo de celebrar o Dia Nacional da Caatinga, comemorado na próxima sexta, 28 de abril, e “discutir pautas relacionadas à criação e fortalecimento de políticas públicas para a promoção de incentivos econômicos voltados à conservação do bioma em referência”.
Também presentes ao evento, Ana Marcela, representante da Petrobras, Daniel Fernandes, coordenador geral da Associação Caatinga, a superintendente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL Ceará), Dana Nunes, e diretor regional do SENAI e superintendente do SESI Ceará, Paulo André Holanda. Holanda abriu o encontro em nome do presidente da FIEC, Ricardo Cavalcante. Entre os temas debatidos, o Pagamento Por Serviços Ambientais (PSA), instrumentos econômicos de apoio à implementação do Código Florestal e Mercado de Carbono. A programação continuou no período da tarde.
Na sua fala, Vilma lembrou que, nos dias atuais, “não tem como falar de desenvolvimento sem estratégias de preservação do meio ambiente. E a SEMA tem um olhar especial sobre a Caatinga. As áreas protegidas são consideradas também sob o aspecto econômico”. Ela falou ainda sobre as diretrizes da Política Estadual sobre Serviços Ambientais (PSA). “O Ceará já está sendo uma referência no tema. Será o segundo estado a implementar um PSA”, afirmou. A expectativa, de acordo com ela, é que isso ocorra no segundo semestre deste ano. A PSA é um mecanismo financeiro para remunerar produtores rurais, agricultores familiares, comunidades tradicionais e outros pelos serviços ambientais prestados em suas propriedades e que geram benefícios para a sociedade.
Fernandes, por sua vez, enfatizou que, nesta segunda edição, “trouxemos poder público, outras organizações da sociedade civil e o setor produtivo industrial para debatermos a implementação de políticas públicas socioambientais que contribuam, inclusive economicamente, para a conservação do ambiente. A ideia é trazer experiências exitosas de outros estados sobre PSA, que remunera o cidadão que contribui com a conservação e o desenvolvimento sustentável, priorizando o bioma Caatinga que ocupa mais de 90% do nosso território”.
Já Paulo André Holanda afirmou que a FIEC tem feito uma grande revolução, em diversas pautas, principalmente no que diz respeito ao ESG (Ambiental, Social e Governança) e ao Hidrogênio Verde. “Como signatária dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, a Federação entra no rol de entidades que priorizam esta pauta e discutem políticas públicas que precisam ser implementadas. Com este objetivo, SESI, SENAI e IEL podem cooperar na formatação dessas políticas, para atender nossa sociedade e os industriais, com capacitação de pessoas e no cuidado com o trabalhador, na ponta”.