Secretário Bruno participa de oficina sobre RPPN na Casa da Indústria

23 de junho de 2022 - 13:04

Na manhã desta  quinta-feira (23/6), o  titular Artur Bruno, da Secretaria do Meio Ambiente (SEMA),  participou da oficina sobre “Criação  e Gestão de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN)”. O evento ocorrido na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC),  foi uma realização da Associação Caatinga, no contexto do  projeto No Clima da Caatinga, (https://www.acaatinga.org.br/no-clima-da-caatinga/ ), iniciativa que foca na proteção e valorização do bioma Caatinga. RPPNs são Unidades de Conservação (UC’s) privadas, criadas por meio de atos voluntários.

Bruno participou do  “Painel 2 – Políticas Públicas de Incentivo às RPPNs no Estado do Ceará: novidades, desafios e perspectivas”. Ele iniciou  destacando  que não é possível desenvolvimento sem  sustentabilidade  um dos principais programas eixos da SEMA é o Ceará mais Verde  que tem vários projetos e dentre eles aqueles que apoiam a criação e gestão  de UCs. “A RPPN é um tipo de UC fundamental, porém, não adianta apenas criá-la, é preciso  que tenha um  plano de manejo, queconforme estabelece a legislaçãoé o documento que vai fazer um diagnóstico, um zoneamento e as normas que vão nortear o uso da RPPN”,  alertou.

Ato simbólico

Ele também destacou o crescimento substancial das UCs estaduais, o que não ocorreu no âmbito municipal e nem no federal. “Os  municípios criaram muito poucas,  houve pouca disposição para a política de criação e no âmbito federal nada foi criado e as RPPNs  cresceram, aquém do que queríamos”, disse. Durante o evento,  o proprietário, Hugo Cavalcante de Sousa, do município de Apuiarés, formalizou  de junto a SEMA, por meio do secretário Artur Bruno, pedido de criação de uma RPPN em terras de sua propriedade. O ato foi simbólico eu pedido acatado e  firmado por Bruno.

Um dos painelistas da oficina,  o advogado de São Paulo, Flávio Ojidos, Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente,entre outros  assuntos falou sobre a questão da geração de recursos com a conservação da natureza em áreas privadas. “É possível gerar recursos com a natureza. Você tem as compensações ambientais, os programas de pagamentos por serviços ambientais e o mercado de carbono. Não tem uma lista pronta de instrumentos financeiros, é preciso ir buscar e montar essa lista. É um desafio, mas é possível”, afirmou.

Compensa investir na causa

Para o diretor financeiro da FIEC, Edgard Gadelha, investir em meio ambiente tem retorno. Ele citou o caso da Petrobras que afirma que para cada R$ 1,00 investido em ações socioambientais, recebe R$ 6,00 de retorno. “É importante como empresário investir nessa área, é importante o engajamento do  setor  produtivo, isso  mostra que estamos no caminho certo”, disse. O projeto No Clima da Caatinga, realizado pela Associação Caatinga e patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental.

A oficina  teve como objetivo, de acordo com os realizadores, “sensibilizar proprietários de terras e esclarecer a importância das reservas particulares para a conservação da biodiversidade e ampliação das áreas legalmente conservadas no país”. Além do titular da SEMA e do advogado Ojidos, também participaram como painelistas, três proprietárias de RPPNs que  relataram experiências de criação e gestão de UCs por meio de atos voluntários: a coordenadora da RPPN São Pedro, Aíla Maria; /8,84 hectares); a diretora das RPPNs Mercês Sabiaguaba e Nazário e  Sítio Ameixas, Eugênia Trindade;  e a gestora da RPPN Ambientalista Francy Nunes, Kelma Cláudia.