Banco de germoplasma do Botânico conserva natureza  para o futuro

21 de junho de 2022 - 11:20

Com seus 6 km de trilhas e uma vasta diversidade de fauna e flora, o Parque Estadual Botânico do Ceará (PEBC) configura um convite e uma caminhada com ar puro e natureza exuberante. A Unidade de Conservação (UC) estadual  é aberta à visitação pública com função educativa e recreativa, fomentando a cultura ecológica e propiciando à população um local de lazer e recreação. Mas a UC vai além, trabalha com  o melhoramento genético de sementes, pois conta com um banco de germoplasma com espécies nativas do Ceará, a exemplo do ipê roxo, carnaúba, emburana, gonçalo-alves, mororó, mutamba, jatobá, angelim amargoso, limãozinho, peroba entre outras.

De acordo com a bióloga do PEBC, Roberta Rocha, o banco de germoplasma  é uma unidade conservadora de material genético de espécies botânicas  com potencial de uso futuro para reflorestamentos, recuperação de áreas degradadas e reintrodução de espécies em risco de extinção, raras e endêmicas, aquelas que  só podem ser encontradas em determinadas áreas. “Um banco de germoplasma é formado a partir da identificação, da caracterização e da preservação de células germinativas de alguns seres vivos, sejam eles animais, sejam eles vegetais, que é o caso do Botânico, as sementes”,disse.

“O banco tem papel de conservação ex situ das espécies, ou seja, o material genético é mantido fora do seu ambiente natural  por um período curto, médio e de longo prazo. Neste período de armazenamento ocorre a testagem da viabilidade das sementes no laboratório. É no laboratório de sementes que é gerado informações detalhadas sobre o potencial de desempenho das semente, utilizando testes especializados e padronizados para identificação de problemas e suas possíveis causas”, explica.

Saiba mais

A bióloga também destaca a importância biológica, econômica e as contribuições sociais relevantes de um banco de germoplasma, para a  Política Florestal do Ceará. “Apoiar programas de reflorestamento, recuperação de áreas degradadas, arborização e florestamento; conservar e proteger o patrimônio genético de espécies nativas para uso futuro; incrementar a produtividade e qualidade das mudas produzidas nos viveiros estaduais e regionais; incentivar o desenvolvimento de projetos, pesquisas e intercâmbios pelas instituições de ensino;  contribuir para o conhecimento sobre as espécies nativas; e implementar o Banco Estadual de Germoplasma de Conservação ex situ de espécies nativas do Ceará”.