SEMA realiza capacitação no uso de GPS para pescadores

7 de dezembro de 2020 - 08:20

A SEMA vai realizar dois cursos de GPS para comunidades pesqueiras. O primeiro na segunda (7/12), às 9h, na Colônia de pescadores Z-8 e o segundo em abril/2021. Os pescadores que participarem dessa capacitação terão prioridade no curso de monitoramento participativo, em que contribuíram com as atividades de gestão do Parque Marinho.

Serão 20 alunos em cada curso de GPS e na ocasião desse curso serão distribuídas cestas básicas e material de higiene para os participantes como auxilio emergencial por conta da COVID-19, com recursos do Botucatu.

Os cursos fazem parte do Projeto Botucatu (termo que vem da língua tupi e que significa “bons ventos”), que surgiu como resultado das rodas de conversas com os pescadores, marisqueiras e jovens, filhos de pescadores da Colônia Z-8, no Mucuripe-CE.

Segundo Andréa Moreira, técnica da Célula de Conservação da Diversidade Biológica – CEDIB, da SEMA, a criação do Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio está ligado ao modo de vida da comunidade de pescadores artesanais da Z-8, representada no seu conselho gestor. Nesse sentido, o Botucatu, financiado com recursos do Projeto Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas – GEF Mar, objetiva a aproximação desses atores tradicionais com a gestão do Parque, conectando oportunidades e desafios por meio de cursos, seminários, rodas de conversa, doação de equipamentos para o uso na pesca e para o espaço multimeios na sede da Colônia, estimulando a integração, participação ativa desses atores e a preservação de práticas culturais e tradicionais da comunidade.

O uso do GPS em comunidades pesqueiras localizadas em Unidades de Conservação tem como principais funções fornecer, aos pescadores, dados relativos à área destinada ao uso e possibilitar a marcação de pontos de pesca. Dessa forma, há uma otimização do tempo, visto que os pescadores podem navegar de forma mais objetiva ao ponto pesqueiro desejado, tornando a atividade pesqueira menos dispendiosa e cansativa, podendo ainda gerar um retorno socioeconômico positivo para a comunidade local.