Dia Mundial do Meio Ambiente: Vamos juntos #CombaterAPoluiçãodoAr

5 de junho de 2019 - 11:34

Todos os anos, a Organização das Nações Unidas elege um tema para ser debatido no Dia Mundial do Meio Ambiente. Esse ano, o escolhido é a poluição do ar

Hoje, 5 de junho, é o Dia Mundial do Meio Ambiente. A Organização das Nações Unidas (ONU) e diversas outras entidades ao redor do mundo promovem ações de conscientização na presente data e durante esta semana. Conhecida mundialmente como a Semana do Meio Ambiente, todos os anos a ONU elege um tema para ser debatido no período e em 2019, o escolhido é a “Poluição do Ar.” Por quê? Porque aproximadamente, 7 milhões de pessoas morrem prematuramente a cada ano devido à poluição do ar. No Brasil morrem 50 mil.

Com este tema, a ONU faz um apelo para o “combate a um dos maiores desafios ambientais do nosso tempo” e incita governos, indústrias, comunidades e indivíduos a refletirem como podemos mudar nosso cotidiano para reduzir os poluentes do ar e sugere por exemplo, a união de todos para potencializar o uso de energia renovável, de tecnologias limpas, bem como melhorar a qualidade do ar em cidades e regiões de todo o mundo.

Ademais, a poluição também afeta a economia. Segundo o Programa da Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), 92% das pessoas em todo o mundo não respiram ar limpo; a poluição do ar custa à economia global 5 trilhões de dólares por ano; a poluição do solo pelo ozônio deverá reduzir os rendimentos de cultivos básicos em 26%, até 2030. Por isso, propõe: “Vamos juntos #CombaterAPoluiçãodoAr”.

Para o titular da Secretaria do Meio Ambiente (SEMA), Artur Bruno, esta é uma questão que o Governo do Estado do Ceará “vem trabalhando forte”. Ele informa que para ampliar a área de cobertura do monitoramento da qualidade do ar e das condições meteorológicas em todo o estado, no Parque Estadual do Cocó já está operando, em caráter experimental, uma estação móvel.

Estações de monitoramento

Após inauguração formal, o equipamento percorrerá a Capital e todas as áreas mais vulneráveis do território cearense, de forma a mapear e ranquear, periodicamente, o índice de qualidade do ar em Fortaleza, Região Metropolitana – excluída a área do Complexo Industrial do Porto do Pecém (CIPP) – e municípios com maior frota ou com empresas consideradas de potencial poluidor – degradador alto. Desde dezembro de 2016, o Governo, por meio da Semace, monitora a qualidade do ar naquela área, considerada a de maior vulnerabilidade do Estado.

“Uma estação de monitoramento foi instalada no CIPP, em São Gonçalo do Amarante”, disse o secretário. “Além disso, existem outras três estações privadas nesta região, com dados analisados periodicamente pela Semace”, completa. O equipamento da Semace mede a qualidade do ar de acordo com os parâmetros exigidos em lei e a classifica sob diferentes conceitos, autônoma e eletronicamente, 24 horas por dia. Os dados on-line são disponibilizados no site da autarquia, de forma que um internauta pode acessar as informações.

Lixo

Mas quem pensa que a poluição do ar é gerada apenas pelas indústrias e pelos poluentes dos veículos, se engana. A ONU também enfatiza as cinco “eleitas” como principais fontes poluidoras: a agricultura, a indústria, o transporte, o lixo e a poluição doméstica. Por isso, não por acaso, a SEMA escolheu o tema Coleta Seletiva. Separe o seu lixo e dê a cada resíduo o destino certo, para marcar a data e estimular o debate ambiental, não apenas esta semana, mas durante todo o mês de junho.

A ONU alerta que a “queima de resíduos a céu aberto e o acúmulo de lixo orgânico em aterros sanitários emitem dioxinas nocivas, metano e carbono negro na atmosfera. Globalmente, estima-se que 40% dos resíduos são queimados a céu aberto. O problema é mais severo em regiões em processo de urbanização e em países em desenvolvimento”. Portanto, promover a coleta, a separação e o descarte correto de resíduos sólidos reduz a quantidade de lixo queimado ou estocado em aterros. Além disso, separar o lixo orgânico e transformá-lo em composto ou bioenergia melhora a fertilidade dos solos e/ou fornece uma fonte alternativa de energia.