PARQUE ESTADUAL BOTÂNICO DO CEARÁ
Espreitar beija-flores no Parque Estadual Botânico do Ceará (Decreto nº 24.216/1996), em Caucaia, é também esperar pelo tempo da floração dos ipês e de outras árvores de cheiros e néctares na Unidade de proteção integral. É chegar cedinho da manhã e fazer a rota das flores e jardins naturais nas trilhas, no lago e na beirada das águas do mangue do rio Ceará. A observação pode ser no final de setembro, quando também é primavera nos 190 hectares de uma teia litorânea formada por Mata de Tabuleiro, de Caatinga, de Mata Atlântica, de Cerrado e de Manguezal preservados ali. O Parque tem pelo menos 182 espécies catalogadas da flora e mais de 60 tipos de aves convivendo numa das ilhas verdes da Região Metropolitana de Fortaleza.
FICHA TÉCNICA
Diploma Legal de Criação: Decreto Estadual Nº 24.216 de 09/09/1996
Área: 190 hectares (ha).
Município: Caucaia
Ecossistemas: Mata de tabuleiro, caatinga, cerrado e uma parte do manguezal.
Acesse: PLANO DE MANEJO
Atrativos: Possui viveiro de produção de mudas, banco de germoplasma, um auditório principal para 80 lugares e outro para 40 pessoas, museo do meio ambiente, xiloteca, meliponário, orquidário, biblioteca, horto de plantas medicinais.
Endereço da Sede: CE 090 KM 03, S/N Bairro Itambé CEP: 61 638-010
Cidade: Caucaia – CE
Galeria de Fotos: AQUI
BOTÂNICO VIRTUAL
Explore o tour virtual clicando na imagem abaixo.
O roteiro botânico virtual foi criado como ferramenta de ensino e educação ambiental no Parque Estadual Botânico do Ceará, uma área de proteção ambiental com diversidade de ecossistemas. Para sua elaboração, foram usadas imagens em 360 graus (Google Street View) e registros fotográficos das trilhas e equipamentos educativos do parque. A plataforma Google Earth foi utilizada para estruturar sete seções temáticas, abordando desde a importância das áreas protegidas até ecossistemas específicos, como manguezal e mata ciliar. Conteúdos interativos, como mapas e vídeos explicativos no YouTube, foram integrados ao roteiro, tornando-o dinâmico e acessível gratuitamente no site da Secretaria de Meio Ambiente do Ceará.
A ferramenta foi desenvolvida para múltiplos usos: professores podem preparar aulas, alunos têm acesso a um recurso educativo intuitivo, visitantes usam como guia e educadores ambientais a adotam em dias de chuva, quando as trilhas físicas são inviáveis. O projeto, desenvolvido pela bióloga Roberta Miranda com apoio dos alunos Danielle Maria Mendes Marques (mestranda em Sociobiodiversidade e Tecnologias Sustentáveis – UNILAB), Joelson Vieira de Luna Pereira (graduando em Economia Ecológica – UFC) e Eudelane Maria Barbosa (graduanda em Química – IFCE Maracanaú).
COLEÇÃO DE SEMENTES E FRUTOS
O Parque Estadual Botânico do Ceará renovou suas coleções de sementes (espermateca) e frutos (carpoteca), essenciais para pesquisas e ações educativas em conservação ambiental. A iniciativa priorizou melhorias na acessibilidade para pessoas com deficiência (PcD) e na divulgação científica, fortalecendo o uso desses acervos como ferramentas para estudos, educação ambiental e preservação da biodiversidade.
Entre agosto/2024 e março/2025, foram coletadas plantas em diferentes áreas do Ceará. O material foi limpo, secado em estufa e guardado em potes fechados. As espécies foram identificadas usando livros especializados, gerando fichas técnicas com nome científico, nome popular, local de ocorrência, estado de conservação e usos. Cada espécie recebeu um QR code para acesso a informações e imagens online, além de áudios descritivos para inclusão.
No acervo do Parque, os potes ganharam etiquetas em braille e libras (feitas com impressão 3D), além de símbolos que indicam usos, como paisagismo ou produção de mel. Antes, a coleção tinha 41 espécies (70,73% nativas e 29,27% exóticas), com destaque para a família Fabaceae. Após a renovação, subiu para 49 espécies (89,80% nativas e 10,20% exóticas), mantendo Fabaceae como principal.
O projeto foi desenvolvido por Danielle Maria Mendes Marques (estudante de mestrado da UNILAB), Joelson Vieira de Luna Pereira (estudante de graduação da UFC) e Eudelane Maria Barbosa (estudante de Química do IFCE), sob orientação da bióloga Roberta da Rocha Miranda. Contou com apoio dos professores João Abreu (IFCE) e Juracy Vieira (CREAECE/SEDUC).
- ACENDE-CANDEIA
- ALAMANDRA
- ANGELIM AMARGOSO
- ANGICO
- ARATICUM DO BREJO
- AROEIRA DO SERTÃO
- BABAÇU
- BATATA DE PURGA
- CAJUEIRO
- CAJUEIRO-BRAVO
- CARAÍBA
- CATANDUVA
- CATINGUEIRA
- CEDRO
- CHICHÁ
- CUMARÚ
- FALSO PAU BRASIL
- IPÊ AMARELO
- IPÊ ROXO
- JACARANDÁ BOCA DE SAPO
- JACARANDA MIMOSO
- JANAGUBA
- JATOBÁ
- JENIPAPO-BRAVO
- JIRIQUITI
- JUCĂ OU PAU-FERRO
- JUREMA BRANCA
- LEUCENA
- LIMÃOZINHO
- MALÍCIA
- MOFUMBO
- MORINGA
- MORORÓ
- MUCUNÃ
- MUTAMBA
- NIM INDIANO
- PACOTÊ
- PAJEÚ
- PAU-BRANCO
- PAU VIOLETA
- PEREIRO
- QUINA-QUINA
- SABIÁ
- SABONETE
- SACA-ROLHA
- TIMBAÚBA
- TORÉM
- UNHA DO CÃO
- VISGUEIRO